ANÁLISE DO ALCANCE DE UM PODCAST EDUCATIVO PARA PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS
Resumo
INTRODUÇÃO: As estomias intestinais são exteriorizações cirúrgicas realizadas no intestino para suprir as eliminações intestinais1. As pessoas com estomias passam por diversas alterações, assim, informações claras e objetivas são necessárias para que se tenha uma adaptação esclarecedora. A Portaria GM/SAS/MS nº 400/2009 incentiva a educação em saúde destes usuários para o alcance da autonomia3. Nesse cenário, os podcasts são ferramentas que podem auxiliar no processo de educação em saúde, sendo capaz de estimular o ouvinte e se adequar às realidades de cada espectador4. OBJETIVO: Apresentar os dados estatísticos sobre o alcance de um podcast educativo para pessoas com estomias intestinais. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa, desenvolvido por meio da busca e análise dos dados estatísticos do podcast “EstomaCast”, ancorado na plataforma de streaming de música Spotify. A etapa de busca ocorreu durante o mês de junho de 2023, via internet, na página do Spotify for Podcasters. Para acesso às informações foi necessário fazer login com e-mail e senha do canal na página. Na aba de menu suspenso do site, foi escolhido a opção “Estatística”, a fim de observar o desempenho do “EstomaCast” nos últimos 90 dias. Os dados coletados foram compilados e analisados em planilhas com auxílio do programa Microsoft Office Excel® 2016 e os resultados apresentados no formato de gráficos e tabelas. O estudo foi executado com base nos princípios éticos, por se tratar de um estudo com dados públicos não houve a necessidade de apreciação em Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: O canal “EstomaCast” possui 24 seguidores e apresentou 54 reproduções em ao menos um, dos dois episódios presentes na plataforma Spotify, com uma média de 19 streamings por episódio na primeira semana de publicação, quanto ao público, o gênero mais prevalente dos ouvintes foram mulheres 81,1%, com idade entre 28 a 34 anos, e o estado do Brasil que mais ouviu seu conteúdo foi o Rio Grande do Norte com 64% do público, seguido de São Paulo com 13%. CONCLUSÃO: Os dados estatísticos sobre o alcance do “EstomaCast”, permite inferir que a utilização de uma tecnologia inovadora e de baixo custo para a divulgação de orientações em saúde às pessoas com estomias intestinais pode ser uma estratégia educativa com bom alcance, sobretudo por romper com as barreiras geográficas do tempo e espaço e, assim, auxiliar no processo de adaptação desses indivíduos. Mais estudos são necessários para avaliar a eficácia dessa tecnologia no autocuidado e adaptação de pacientes com estomas intestinais.