CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA E CLÍNICA DE IDOSOS COM ESTOMIAS INTESTINAIS CADASTRADOS EM SÃO LUÍS-MA
Resumo
e profissionais da saúde, pois trata-se de um público mais vulnerável e com risco aumentado de fragilidades biopsicossocial típicas da idade¹. Além disso, têm-se observado um aumento nos índices de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), especialmente as neoplasias de intestino e bexiga, resultando no aumento do número de pessoas idosas com incontinências e outras síndromes geriátricas²-³. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico dos idosos com estomias intestinais cadastrados em São Luís-MA. Método: Estudo transversal, descritivo, realizado com 47 pessoas idosas cadastradas no Programa de Órtese e Prótese do município de São Luís – MA. A coleta ocorreu no período de agosto de 2019 a dezembro de 2022. Aplicou-se questionários sociodemográfico, clínico e o de qualidade de vida City of Hope – Quality Life – Ostomy Questionnaire (COH-QOL-OQ), pesquisa aprovada no Comitê de Ètica da Universidade Federal do Maranhão, parecer nº 3.294.371/2019. Resultados: Nesta pesquisa identificou-se predominância de pessoas idosas do sexo masculino (61,7%), com média de idade de 68 anos (±5,8), que se autodeclararam de cor parda (53,2%), com tempo de estudo maior que 8 anos (34,0%), religião católica (59,7%), procedentes de São Luís (63,8%), sem conjugue (53,2%), todavia, com rede de apoio (68,1%), com renda familiar ?1 salário mínimo (44,9%), seguido de 1 a 2 salários mínimos (45,5%) e que não desenvolvem nenhuma atividade laboral para completar a renda (85,2%). Quando questionados sobre o trabalho pós estomia, 40 (85,2%) idosos deixaram de trabalhar e 7 (14,8%) ainda possuem atividade laboral. O câncer foi o principal diagnóstico responsável pela construção da estomia (70,4%), do tipo colostomia (83,0%), definitiva (57,5%) e sem complicações (55,4%).68,1% dos idosos fazem a troca do seu equipamento coletor, 61,7% fazem uso de adjuvantes, 61,7% têm custo extra com produtos para manutenção do estoma e 44,6% dos idosos possuem dificuldade para acessarem o serviço de saúde. Conclusão: O estudo permitiu ter conhecimento dos aspectos sóciodemográficos e clínicos da população idosa que usufrui do Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa com Ostomia e reorientar a formulação de políticas públicas estadual, de modo a organizar a assistência conforme as necessidades da pessoa idosa, além de ressaltar a importância do enfermeiro estomaterapeuta no planejamento de uma assistência direcionada para a população idosa estomizada, considerando suas individualidades e fragilidades.