CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA NO MANEJO DOS ACESSOS VENOSOS CENTRAIS:
EVIDÊNCIAS PARA A PRÁTICA CLÍNICA
Resumo
INTRODUÇÃO: Os cateteres venosos centrais (CVC) são acessos vasculares utilizados para infusão de soluções endovenosas, hemoderivados, quimioterápicos e nutrição parenteral prolongada. E estes quando não são manipulados adequadamente, traz inúmeras complicações, como as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Diante disso, a enfermagem em Estomaterapia apresenta papel fundamental na mudança desse panorama, pois é o enfermeiro quem supervisiona e executa o manejo clínico do CVC. OBJETIVO: Portanto, esse estudo tem como objetivo geral: descrever os cuidados de enfermagem em Estomaterapia no manejo dos acessos venosos centrais evidenciados na literatura científica. MÉTODO: Trata-se de uma Revisão Integrativa (RI) realizada entre fevereiro e maio de 2023, na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), em Fortaleza-Ceará-Brasil. A coleta resultou em 16 publicações. RESULTADOS: Verificou-se que: cinco (31,3%) foram publicados no ano de 2022, 12 (75%) pertenciam a LILACS, 13 (82%) na língua portuguesa e sobressaíram os estudos metodológicos, com nível de evidência VI, com seis (37,5%) artigos. Diante das evidências encontradas, o presente estudo pode organizar, mediante critérios de similaridade e integração os assuntos em três categorias temáticas. A 1ª categoria Gestão e educação em saúde para o cuidado de enfermagem, a mais prevalente, destacaram-se os cuidados de enfermagem com foco na construção de tecnologias e instrumentos que visavam gerir e educar os enfermeiros(as) nos cuidados com o acesso venoso central, a destacar: higienização das mãos com Clorexidina 2% degermante, o uso de paramentação adequada (máscara e óculos), posicionamento do paciente em semi-fowler, orientações sobre a não conversar durante o procedimento, avaliação da necessidade de fornecer máscara cirúrgica para uso, dentre outros cuidados, todos identificados em oito (50%) publicações. Na 2ª categoria, destacou o Conhecimento e comportamento do enfermeiro(a) sobre o manejo do cateter venoso central, apresentada em seis (37,5%) artigos, destacaram-se: o conhecimento sobre: higiene das mãos; seleção ideal do local do cateter, evitando a veia femoral para acesso venoso central em pacientes adultos; precauções de barreira máxima (uso de gorro, máscara, capote, luvas estéreis e campos estéreis grandes); preparo da pele com clorexidina 2%; revisão diária da necessidade de permanência do CVC, antissepsia das conexões por 10 segundos, o flushing deve ocorrer em intervalo de 6 horas, com infusão de solução fisiológica a 0,9%, utilizando volume de 0,5 a 1,0 ml e seringa de 10 ml ou maior volume, utilização da película transparente semipermeável oferece a visualização do sítio de inserção, atua como barreira para microrganismos externos, dentre outros aspectos. Enquanto a 3ª categoria Cuidados para prática clínica do enfermeiro, foi pouco expressiva na pesquisa, apresentado em duas (12,5%), no qual foi realizado e avaliado essa prática por meio de diversos cuidados, como: inserções dos cateteres, assepsia e antissepsia. CONCLUSÃO: Conclui-se que o cuidado de enfermagem em Estomaterapia interfere diretamente na manutenção adequada do cateter venoso central. Por esse motivo, a utilização de protocolos padronizados e da ação desse profissional especializado faz-se necessária para garantir melhores resultados da prática clínica desse profissional.