FOTOBIOMODULAÇÃO DE BAIXA INTENSIDADE NO TRATAMENTO DE PACIENTE COM ÚLCERA VENOSA:

RELATO DE CASO

Autores

  • FABÍOLA ARANTES FERREIRA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO
  • HELIO MARTINS DO NASCIMENTO FILHO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
  • ANA CLARA REZENDE FREITAS FACULDADE DE MEDICINA DE BARBACENA - FUNJOB
  • LEONARDO CHAER REZENDE BIOVEIN MEDICINA INTEGRADA
  • LARA MENDES CHAER REZENDE COSTA BIOVEIN MEDICINA INTEGRADA
  • ANA CLÁUDIA OMETTO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
  • VANESSA YURI SUZUKI UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
  • ALFREDO GRAGNANI UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

Resumo

Introdução: Paciente com Úlcera Venosa (UV), também denominada úlcera varicosa ou de estase apresentam manejo clínico complexo, índice elevado de recidiva (até 79%), diminuição na qualidade de vida e elevado custo de tratamento. No ocidente a prevalência de ferida crônica na população é de 1% e as UV representam até 80% das lesões em Membros Inferiores (MMII). Nos brasileiros a prevalência estimada é de 3%, pode chegar a 10% em pacientes diabéticos e os gastos públicos com assistência para os doentes chegam a 1% dos recursos anuais. Nos EUA o valor gasto com pacientes com feridas crônicas é de um bilhão de dólares por ano e no Reino Unido quase £ 200 milhões. Objetivo: Avaliar a associação de terapia de fotobiomodulação de baixa intensidade (laserterapia) ao tratamento de paciente com diagnóstico de Insuficiência Venosa Crônica (IVC)/CEAP 6 (UV) realizado por equipe multiprofissional. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo de relato de caso aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa Rita (CEP/FASAR) conforme Parecer nº 3.740.095 de 02 de dezembro de 2019. Paciente F.M.G., sexo feminino, 88 anos, hipertensa e diagnóstico de IVC / CEAP 6 (UV) em região maleolar e lateral do tornozelo esquerdo. A Sr.ª F.M.G. havia recebido alta hospitalar recente após quadro de infecção na úlcera. Iniciou o tratamento em 18/11/2019 com atendimentos 03 x semana. UV extensa, com presença de odor, necrose úmida e exsudato em moderada quantidade e paciente com queixa de dor e prescrição de dipirona 500 mg para analgesia. O curativo prescrito foi à irradiação no leito da UV com terapia de fotobiomodulação de baixa intensidade com luz vermelha (660nm) a 04 joules com técnica pontual (total da área divida em 16 pontos de aplicação) associado ao uso de tela de petrolatum e gaze impregnada com polihexanida. Devido à mobilidade diminuída da paciente e consequente permanência a maior parte do tempo não foi prescrita terapia de contenção ou compressão visto que o repouso com elevação dos MMII recomendado se mostrou eficaz no controle da hipertensão venosa. Resultados: Embora a literatura científica descreva que o tempo médio de tratamento do paciente com úlcera venosa seja de 06 a 12 meses, neste estudo a cicatrização da ferida ocorreu em 40 dias (alta em 19/01/2020). A cada atendimento da paciente para as trocas do curativo foi possível perceber a evolução do processo de regeneração tecidual com diminuição da área da lesão, epitelização das bordas, diminuição do tecido necrótico sobre o leito e aumento do tecido de granulação e diminuição do exsudato eliminado. Os pesquisadores puderam verificar que a associação da terapia de fotobiomodulação de baixa intensidade no tratamento da UV se mostrou benéfica para o processo cicatricial. Conclusão: O tratamento do paciente com UV com a terapia de fotobiomodulação de baixa intensidade associado ao curativo e ao controle da hipertensão venosa se mostrou eficaz na diminuição do tempo de tratamento da úlcera. Os pesquisadores sugerem o desenvolvimento de novas pesquisas com o emprego da laserterapia na IVC / CEAP 6 (UV)..

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Publicado

2023-10-21

Como Citar

ARANTES FERREIRA, F., MARTINS DO NASCIMENTO FILHO, H. ., CLARA REZENDE FREITAS, A. ., CHAER REZENDE, L. ., MENDES CHAER REZENDE COSTA, L. ., CLÁUDIA OMETTO, A. ., YURI SUZUKI, V. ., & GRAGNANI, A. . (2023). FOTOBIOMODULAÇÃO DE BAIXA INTENSIDADE NO TRATAMENTO DE PACIENTE COM ÚLCERA VENOSA:: RELATO DE CASO. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/680