INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM CRIANÇAS

Autores

  • CAMILA MARINHO LAGES GIANNA BERETTA

Resumo

INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM CRIANÇAS INTRODUÇÃO: Distúrbio do trato urinário inferior (DTUI) é o termo utilizado para indicar anormalidades no funcionamento e controle deste segmento do sistema urinário 1. Classificados de acordo com a fase de esvaziamento ou enchimento da bexiga, os sinais e sintomas de disfunção do trato urinário inferior têm as suas definições padronizadas pela International Children’s Continence Society (ICCS)2, os sintomas de enchimento são caracterizados como: aumento ou diminuição da frequência miccional, incontinência, urgência ou noctúria1. A incontinência urinária é definida como a perda de urina sem controle, podendo ser contínua ou intermitente, diurna ou noturna3. OBJETIVO: Buscar e sintetizar as produções cientificas com foco nas incontinências urinárias em crianças. MÉTODO: Estudo de revisão integrativa da literatura, realizado a partir de busca nas bases de dados SCIELO, MEDLINE, LILACS E BDENF, com publicações no período de 2013 a 2023, totalizando 40 artigos, destes apenas 19 se enquadraram nos critérios de inclusão com os seguintes descritores: Incontinência urinária, criança. RESULTADOS: As crianças acometidas pelas disfunções do trato urinário inferior, do tipo incontinência urinária, demostrou nos estudos a prevalência da incontinência urinária diurna, com relação ao sexo, acometia mais em meninas. Estas crianças apresentavam transtornos comportamentais, onde são mais afetadas psicologicamente e podendo apresentar comorbidades psiquiátricas. Os fatores que interferem significativamente para recorrências dos episódios enquadram-se a partir do âmbito escolar e familiar, em todos os estudos identificou-se um baixo desempenho escolar nas crianças com incontinência urinária, onde a escola foi apontada como o ambiente mais impactado pelos sintomas urinários. A punição parental (quando a criança sofre punições por parte dos pais ou cuidador) é critério que abala negativamente na qualidade de vida dessas crianças, muitas vezes o familiar não compreende como uma doença, retardando o processo de procura para um diagnóstico. Com relação ao tratamento, observou-se que a Uroterapia (medidas não cirúrgicas e não medicamentosas para melhorar ou corrigir os hábitos miccionais) juntamente com o Biofeedback (técnica com uso de dispositivo eletrônico) foram efetivos na redução significativa nas taxas de incontinência urinária, levando a cura. CONCLUSÃO: Ainda existem poucos estudos abordando o tema, mas diante do exposto, observa-se que a criança deve ser individualizada com uma anamnese bem conduzida e dirigida pelo profissional, faz-se necessário, portanto, que a abordagem ocorra de forma ampla e que essa criança tenha um acompanhamento interdisciplinar com manejo não só da patologia, mas dos aspectos psicossociais. Destaca-se a importância em adotar estratégias de enfrentamentos na identificação precoce da patologia, dos fatores que podem interferir no manejo familiar e escolar bem como, nas intervenções terapêuticas aplicadas para a criança com incontinência urinária.

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Publicado

2023-10-21

Como Citar

MARINHO LAGES, C. . (2023). INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM CRIANÇAS. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/756