ATUAÇÃO DO ESTOMATERAPEUTA EM CONSULTÓRIO DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E MANEJO DAS DERMATITES PERIESTOMAIS EM ESTOMIAS URINÁRIAS E EM DERIVAÇÕES URINÁRIAS

Autores

  • Tatiane Mendes Araujo Ferreira INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA ALBERT EINSTEIN

Resumo

Introdução: As derivações urinárias se tornaram comuns no ambiente urológico e oncológico a partir do século 20, e tem como principal finalidade salvar a vida do paciente.1 As indicações para as estomias urinárias são necessárias no tratamento de determinadas doenças uro-oncológicas como: tumores no trato urinário ou lesões funcionais importantes devido a essas patologias, com o objetivo de drenar a urina, sob baixa pressão, para não ocorrerem danos renais.2 Podem ser divididas em permanentes ou temporárias, continentes e incontinentes, e de acordo com a localização anatômica, como: Nefrostostomia ou pielostomia: derivadas diretamente dos rins; Ureterostomia: pela exteriorização de um ou de dois ureteres; Cistostomia: derivada da bexiga; Vesicostomia Quando a mucosa da bexiga é suturada na pele, acima da sínfise púbica, denominada por Mitrofanoff; Cistectomia: Pela retirada da bexiga e implanta os ureteres no ileo, assim realizando uma ileostomia. As complicações relativas à pele periestomia são dermatites irritativas, lesões pseudoverrugosas, incrustações alcalinas, varizes e pioderma gangrenoso. (3, 4) A manutenção da integridade da pele é um dos principais objetivos da assistência em enfermagem a pacientes com estomias e derivações. No entanto, apesar dos avanços nas técnicas cirúrgicas e melhoria dos cuidados às pessoas com essas condições, as complicações imediatas, mediatas e tardias da pele periestoma e nas derivações urinárias ainda são bastante frequentes.(5, 6) Acredita-se que exista um risco variável lesões de pele periestomas de 15 a 43% de ocorrência de complicações na pele, sendo mais frequente a dermatite química ou irritativa, na qual o dano cutâneo ocorre quando a pele é exposta a efluentes, resultando em inflamação e erosão (7, 8, 9, 10) Objetivo: Identificar as condutas efetivas para a prevenção e cuidados tópicos para gerenciar as dermatites ao redor do estoma e derivações de eliminações urinárias. Método: Este estudo constitui uma revisão narrativa de caráter descritivo a respeito da prática profissional em consultório de Estomaterapia em conjunto com a revisão bibliográfica sobre a temática. A coleta de dados foi realizada em publicações dos últimos 10 anos, e utilizou-se para as pesquisas: Base de dados Nacional Library of Medicine (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS). Resultados: Foram observados nos estudos e utilizados nos cuidados profissionais: A gestão quanto aos cuidados com a pele ao redor do estoma, como: limpeza, banho, não utilização de substâncias agressivas, cuidados quando apresentar dermatite ao redor do estoma ou na pele devido ao extravasamento de urina ou umidade. Parâmetros para realização da troca do equipamento coletor e base adesivada. Orientações quanto a alimentação e condutas para evitar odores. Prescrição para organização de material de higiene e equipamento coletor. Suporte psicológico e social para o paciente e seus familiares. Conclusão: Portanto, além dos desafios físicos decorrentes do processo cirúrgico e da adaptação, às pessoas com estomias e derivações urinárias precisam de estratégias de educação em saúde e suporte profissional para a utilização de técnicas e recursos disponíveis voltados para o autocuidado, com práticas baseada em evidências científicas. Contribuições para a Estomaterapia: Mostrar à sociedade nossa atuação em cuidados com estomias urinárias e derivações urinárias. Montar protocolos em serviços de estomaterapia para suporte a esses pacientes.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Ferreira, T. M. A. (2024). ATUAÇÃO DO ESTOMATERAPEUTA EM CONSULTÓRIO DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E MANEJO DAS DERMATITES PERIESTOMAIS EM ESTOMIAS URINÁRIAS E EM DERIVAÇÕES URINÁRIAS. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/957