PROPOSTA PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE MARSI EM UNIDADE DE TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCHEMATOPOÉTICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Rosa Irlania Do Nascimento Pereira UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
  • Mariana De Oliveira Souza AC. CAMARGO CÂNCER CENTER
  • Jéssica Carvalho De Matos UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
  • Gisele Cordeiro Castro UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Lucas Borges De Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
  • Cinthia Tiemy Cardoso Maier UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Resumo

Introdução: O uso de cateter venoso central (CVC) é primordial em pacientes submetidos ao Transplante de Células-tronco Hematopoiéticas (TCTH), esta nuance pode associar a diversas complicações como a colonização extra luminal e as lesões de pele que são porta de entrada para infecções. Portanto a MARSI (Medical Adhesive-Related Skin Injuries) ou lesões de pele relacionadas a adesivos médicos é definida como qualquer dano que cause alteração na integridade da pele, incluindo o eritema, laceração, erosão, bolha ou vesícula, que persistem por no mínimo 30 minutos após a remoção de um adesivo relacionado à assistência em saúde. Objetivo: Relatar a experiência profissional durante desenvolvimento de proposta para prevenção e tratamento de marsi em unidade de transplante de células-tronco hematopoéticas em um Hospital Universitário Público no Estado do Paraná. Desenvolvimento: Relato de experiência profissional realizado no Serviço de Transplante de Células-tronco Hematopoéticas (STCTH) após constatar a necessidade de melhoria no cuidado com a pele minimizando também riscos de infecção no CVC prestado aos pacientes internados. Desenvolveu-se uma proposta para padronizar curativos de CVC, para prevenir ou diminuir a incidência de MARSI, bem como o risco de infecção. Por meio do método de Prática Baseada em Evidências (PBE), foram realizados encontros com os enfermeiros do serviço para mapear os problemas e desenvolver estratégias modificadoras, a fim de garantir a técnica asséptica do procedimento e promover o cuidado com a integridade da pele antes e após a aplicação de curativos. Os encontros guiados pela enfermeira supervisora, com o auxílio de imagens no Microsoft Whiteboard®, contendo não conformidades de lesões de pele decorrentes da troca de curativos e com o auxílio das evidências científicas. No segundo momento houve um brainstorming e adequação da padronização, conforme a disponibilidade de insumos disponíveis no hospital. Como repercussão inicial, sugeriu-se uma modificação com um novo Protocolo Operacional Padrão (POP), incluindo treinamentos práticos adjacentes e específicos em virtude das necessidades pertinentes aos pacientes durante o período do internamento. Em uma perspectiva de análise gerencial de problemas pela Matriz SWOT (strenghts, weaknesses, opportunities and threats), os enfermeiros levantaram possíveis fragilidades responsáveis pela incidência de MARSI, como a alta rotatividade de profissionais, dificuldade de adesão aos treinamentos, falta de materiais ou não padronização de insumos considerados essenciais para o correto manejo do curativo. As potencialidades encontradas foram no uso da PBE como artifício para manter prática e conhecimento científico alinhados, possíveis desafios que vão ao encontro do treinamento efetivo para todos os enfermeiros e manutenção dos insumos essenciais na unidade.CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: A singularidade dos pacientes submetidos ao TCTH requer adequação a cada fase do processo, sendo assim foi sugerido a padronização dos materiais em cada fase, mantendo a técnica estéril. O Estomaterapeuta contribuirá na disseminação do conhecimento sobre a prevenção e tratamento desta lesão bem como promoverá educação em saúde com a proposta do protocolo que seguirá para novas fases de treinamento e adaptações necessárias para prevenção de MARSI e infecção de CVC junto as demais profissionais.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Pereira, R. I. D. N., Souza, M. D. O., Matos, J. C. D., Castro, G. C., Oliveira, L. B. D., & Maier, C. T. C. (2024). PROPOSTA PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE MARSI EM UNIDADE DE TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCHEMATOPOÉTICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/1063