SIMULADORES DE BAIXA FIDELIDADE PARA O ENSINO DE AVALIAÇÃO DE FERIDAS
Resumo
Introdução: A avaliação de feridas é uma etapa essencial da assistência de enfermagem para a escolha do tratamento adequado e monitoramento da evolução do processo cicatricial de pacientes com lesões cutâneas¹. Para que esta ocorra de maneira eficaz o enfermeiro precisar estar provido de conhecimentos acerca do tema, o que torna fundamental a presença da educação continuada como uma aliada no cotidiano profissional. A Educação Continuada em Enfermagem resulta de um processo evolutivo de atividades que envolvem treinamento e capacitação dos profissionais de enfermagem em revisão aos procedimentos e técnicas por eles desenvolvidos, sendo uma ferramenta de suma importância para garantir o cuidado seguro2. Tanto na prática assistencial quanto na academia, o enfermeiro pode lançar mão do uso de simuladores de baixa fidelidade como uma estratégia para promover educação continuada, sendo este uma ferramenta facilitadora no processo de ensino e aprendizagem3. Objetivo: Relatar a experiência da produção de simuladores de baixa fidelidade para o ensino de avaliação de feridas. Método: Trata-se de relato de experiência sobre a produção de simuladores de baixa fidelidade, construídos em maio de 2023 por acadêmicas de enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina, participantes de uma liga acadêmica de Estomaterapia. Para produção destes fez-se uso de suportes de madeira, massa epóxi e tintas de tecido. Foram confeccionadas feridas rasas, profundas, tunelizadas e com epíbole. O epóxi foi utilizado para produção dos tipos de leito tecidual, sendo estes: necrose de coagulação e de liquefação, granulação, hipergranulação e epitelização. Com as tintas foram simuladas, além dos tipos de tecidos, as bordas e área perilesional quais sejam, elevadas, planas, maceradas e epitelizadas. Resultados: Foram produzidos seis simuladores em formato de maquetes, de tamanho aproximado 12 cm x 30 cm. Esse tipo de material (madeira e epóxi) conferem resistência e durabilidade ao produto, o que permite manipulação constante e utilização em vários contextos de cuidado. Mediante o processo de produção dos simuladores, as acadêmicas puderam se instrumentalizar para a elaboração dos mesmos. Ainda, foi possível simular a ferida quanto às principais características, como tamanho, profundidade, tipo e características do leito, borda e área perilesional. Considerações finais: As maquetes propiciaram a simulação de diversas características de feridas. Dessa forma, o uso de simuladores vislumbra-se como uma ferramenta valiosa e de baixo custo para aprimorar o conhecimento e habilidades de enfermeiros na avaliação precisa de feridas, contribuindo para uma abordagem mais efetiva no tratamento e acompanhamento de pacientes com lesões. Contribuições para a Estomaterapia: A avaliação de feridas compete ao enfermeiro ou profissional de saúde capacitado, sendo imprescindível que cada paciente receba uma avaliação individualizada. A partir dessa experiência surge a possibilidade de capacitar acadêmicos e equipe de enfermagem através da utilização de simuladores de baixa fidelidade. Nesse sentido, a educação continuada por meio desses recursos pode resultar em uma assistência mais qualificada e segura, permitindo uma adequada avaliação e monitoramento de pacientes com feridas.