TELECONSULTA DE ENFERMAGEM COMO POSSIBILIDADE TECNOLÓGICA DE ATENDIMENTO À PESSOA COM ESTOMIA INTESTINAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Resumo
Introdução: A consulta de enfermagem é uma das atribuições do profissional de enfermagem, a partir dela o enfermeiro encontra um espaço oportuno para exercer a prática clínica, interagindo com o cliente, avaliando as condições biopsicossociais do indivíduo e suas necessidades, afim de promover o cuidado individualizado. Com o advindo da pandemia de COVID-19, bem como a necessidade das unidades básicas de saúde em atender em áreas remotas, em 2020 o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) autorizou a teleconsulta de enfermagem, possibilitando o diálogo, troca de informações e o intercâmbio à distância entre o enfermeiro e o paciente. Os avanços tecnológicos trouxeram importantes contribuições para a prestação de cuidados qualificados e seguros ao integrar as tecnologias de informação e comunicação ao setor saúde, viabilizando a superação das barreiras socioculturais, econômicas e geográficas Objetivo: Identificar as evidências científicas sobre a teleconsulta de enfermagem como possibilidade tecnológica de atendimento à pessoa com estomia intestinal Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, permitindo uma compreensão mais abrangente dos eventos no contexto da prática baseada em evidências. Neste estudo, foram incluídas todas as produções científicas em português, inglês e espanhol, com resumo, texto completo disponível e gratuito para leitura, publicadas no período de 2016 a 2022. Resultado: A busca pelos estudos se deu de dezembro de 2021 a abril de 2022, e resultou num total de 53 estudos. Desses, 35 contido na base de dados MEDLINE, 07 LILACS, 05 BDENF e 06 IBECS. Dessa forma, foi feita a leitura na íntegra de todos os resumos, foram selecionados 06 artigos para leitura na íntegra. Um artigo foi incluído para a construção desta revisão integrativa, sendo este da base de dados MEDLINE. O estudo revelou que a teleconsulta de enfermagem no pós-operatório mediada por tecnologia diminuiu a taxa de readmissão do paciente estomizado, além de reduzir o tempo gasto com viagens até o ambulatório. O estudo ainda evidenciou haver uma lacuna de qualidade considerável entre os profissionais da teleconsulta, mostrando ser este um desafio. Conclusão: A teleconsulta de enfermagem no Brasil, especialmente para pessoas com estomias, em alguns casos, pode diminuir a barreira causada pela distância geográfica, uma vez que tem o poder de levar informação, cuidado e ciência às pessoas de forma rápida e interativa, utilizando-se das tecnologias da informação. Destaca-se uma grande lacuna nas pesquisas relacionadas a teleconsulta à pessoa com estomia, sendo interessante mais estudos científicos que abordem a temática e o avanço dessa a fim de ampliar o atendimento a esse indivíduo, sendo ainda emergente a discussão.