BOAS PRÁTICAS NO CUIDADO DE ENFERMAGEM RELACIONADO ÀS LESÕES NEOPLÁSICAS EM PACIENTES ADULTOS E IDOSOS: REVISÃO DE ESCOPO

Autores

  • Carmem Dias Dos Santos Pereira UERJ
  • Norma Valéria Dantas De Oliveira Souza UERJ
  • Patricia Alves Dos Santos Silva UERJ
  • Caroline Rodrigues De Oliveira UERJ
  • Dayse Carvalho Do Nascimento UERJ
  • Graciente Saraiva Marques UERJ
  • Kethellyn Monica Freitas Rodrigues Da Silva UERJ
  • Ana Beatriz Campos Borges UERJ
  • Carolina Cabral Pereira Da Costa UERJ

Resumo

Introdução: A ferida neoplásica é um tipo de lesão que ocorre devido a multiplicação desordenada das células tumorais e a infiltração delas nas camadas da pele, derme e epiderme, até exteriozar-se¹. Esse tipo de lesão pode acometer em torno de 5% a 10% das pessoas que desenvolvem câncer, sendo predominantemente em faixa etária a partir dos 60 anos. Indivíduos que desenvolvem lesões neoplásicas tendem a lidar com os comprometimentos físicos, além dos enfrentamentos relacionados às questões psíquicas e sociais². Grande parte dos acometidos pela lesão e seus familiares são tomados pela surpresa da situação, visto que o acompanhamento com a equipe de cuidados paliativos se dá, muitas vezes, de forma tardia e ocorre um déficit quanto às orientações aos familiares³. Objetivo: Mapear as evidências científicas relacionadas às boas práticas no cuidado de enfermagem relacionado às lesões neoplásicas, em pacientes adultos e idosos. Método: Revisão de Escopo, desenvolvida de acordo com o método proposto pelo Joanna Briggs Institute (JBI®), conforme as recomendações do guia internacional Checklist Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta- Analyses Extension for Scoping Reviews - PRISMA-ScR4. O protocolo foi registrado no Open Science Framework (OSF), sob o número https://osf.io/c57p2/. Resultados: Foram identificados 357 artigos nas buscas e incluídos no estudo 11 documentos. Os estudos selecionados foram agrupados em 2 grupos temáticos, a partir da análise feita, são eles: os aspectos biopsicossocioespirituais e as repercussões para as pessoas com lesões neoplásicas; a equipe de enfermagem frente ao cuidado de lesões neoplásicas. Os principais cuidados de enfermagem mapeados estavam voltados às manifestações clínicas que essas lesões provocam e que repercutem para a redução dos impactos biopsicossociais. Citam-se como principais manifestações: o odor exalado pela ferida, o aspecto, extensão da lesão, dor, o sangramento, prurido, dentre outros fatores. Assim sendo, estas manifestações afetam sobremaneira na autoimagem, autoestima, gerando sentimentos de tristeza, vergonha, pesar, revolta, isolamento social por parte da pessoa e da família, fragilidade na rede de apoio. E cabe à equipe de enfermagem atuar nos cuidados voltados a todas estas dimensões. O manejo de lesões neoplásicas é um dos maiores desafios às equipes de enfermagem, devido ao déficit de conhecimento e de educação continuada nos serviços de saúde. Conclusão: Recomenda-se a realização de novos estudos que fortaleçam a discussão sobre os cuidados voltados às feridas neoplásicas, em face, sobretudo, ao perfil epidemiológico brasileiro atual. Contribuições para a Estomaterapia: A implementação de um plano de cuidados individualizado, que contemple as necessidades do paciente com uma ferida neoplásica é um desafio. Deve-se, portanto, garantir a qualidade de vida a estes pacientes oncológicos, minimizando, sobretudo, a dor. A partir do conhecimento voltado para estes cuidados, os profissionais de enfermagem conseguem atender esta clientela em seus aspectos biopsicossocioespirituais, possibilitando uma assistência efetiva e segura, além de promover qualidade de vida a esses indivíduos.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Pereira, C. D. D. S., Souza, N. V. D. D. O., Silva, P. A. D. S., Oliveira, C. R. D., Nascimento, D. C. D., Marques, G. S., Silva, K. M. F. R. D., Borges, A. B. C., & Costa, C. C. P. D. (2024). BOAS PRÁTICAS NO CUIDADO DE ENFERMAGEM RELACIONADO ÀS LESÕES NEOPLÁSICAS EM PACIENTES ADULTOS E IDOSOS: REVISÃO DE ESCOPO. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/1001