OZONIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS CRÔNICAS NOS PÉS DE PESSOAS COM DIABETES MELITUS: REVISÃO INTEGRATIVA.

Autores

  • Carla Maria Maluf Ferrari CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO
  • Ana Claudia Alcântara Garzin CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO
  • Acácia Maria Lima De Oliveira Devezas CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILOS
  • Cláudia D'arco CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO
  • Marcela Reis Pedrasini Shimazaki CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

Resumo

INTRODUÇÃO: Úlceras crônicas nos pés em pessoas com diabetes mellitus são frequentes e crônicas. Podem estar associadas à dor, diminuição da atividade física, da locomoção e com aumento do risco de incapacidade. As ulcerações podem produzir odor fétido por presença de tecidos necróticos, desconforto, falta de autoaceitação e impacto negativo na qualidade de vida. A infecção é a principal causa de internações e amputação do membro. Terapias tópicas com ozônio, ganharam interesse e uso crescente mundialmente como estratégia no tratamento de feridas. No Brasil, o Projeto de Lei do Senado Federal (227/2017), regulamentou a ozonioterapia como tratamento complementar no Sistema Único de Saúde. O Conselho Federal de Enfermagem, reconheceu e regulamentou no Parecer nº 001 de 2020, a ozonioterapia como prática complementar executável por enfermeiros qualificados. OBJETIVO: Identificar as vantagens e riscos da ozonioterapia no tratamento de úlceras nos pés em pessoas com diabetes mellittus. MÉTODO: Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura realizada no período de outubro a dezembro de 2023 nas bases de dados Lilacs, Medline e Scielo. Foram incluídos estudos nos idiomas português e inglês publicados nos últimos dez anos, utilizando os descritores, segundo o DeCs: ozonioterapia, estomaterapia, pé diabético, combinados entre si, que respondessem à pergunta norteadora: quais as vantagens e riscos da ozonioterapia no tratamento de úlceras nos pés em pessoas com diabetes? A amostra foi composta por 25 estudos. RESULTADOS: Os resultados foram agrupados em ideias centrais. 1) Definição da ozonioterapia: o ozônio é um gás composto por três átomos de oxigênio com estrutura cíclica, descoberto em 1934 como oxidante e desinfetante exercendo eficácia em lesões gangrenosas por arma de fogo. Sua aplicação pode ser combinada com oxigênio em diferentes concentrações. 2) Indicação: No tratamento de lesões crônicas nos pés em pessoas com diabetes a forma mais utilizada é por meio de uma bolsa, denominada bagging de ozônio. 3) Vantagens: as vantagens no tratamento nas lesões por diabetes foram melhora na circulação sanguínea, normalização do oxigênio, ação analgésica, fungicida, antibacteriana, estimula o processo de cicatrização, previne ou inibe o estresse oxidativo, contribui para o controle glicêmico, tem baixo custo, eficiente quanto ao menor tempo na cicatrização comparado a outros tratamentos convencionais 4) Riscos da aplicação da ozonioterapia é o efeito tóxico causado pelo ozônio que quando inalado como gás puro pode causar problemas no trato respiratório como tosse, falta de ar, dificuldade em respirar, rinite além de, irritação cutânea, náuseas e vômitos devido ao tempo prolongado em contato com o gás, sensação de queimadura nos olhos até problemas cardíacos. CONCLUSÃO E CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: A ozonioterapia deve ser aplicada por profissional qualificado, ser complementar ao tratamento convencional de úlceras crônicas de difícil cicatrização e infectadas, nos pés de pessoas com diabetes. Para a estomaterapia contribui com algumas vantagens elencadas nesse estudo que foram menor tempo na regeneração tecidual, ação bactericida, analgésica, antioxidante e controle glicêmico. Os riscos relacionaram-se com a toxicidade respiratória do gás quando inalado, irritação cutânea, dermatite e sensação de queimação durante o tratamento, até efeitos sistêmicos mais exacerbados.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Ferrari, C. M. M., Garzin, A. C. A., Devezas, A. M. L. D. O., D'arco, C., & Shimazaki, M. R. P. (2024). OZONIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS CRÔNICAS NOS PÉS DE PESSOAS COM DIABETES MELITUS: REVISÃO INTEGRATIVA. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/1051