TERAPIA COMPLEMENTAR NÃO FARMACOLÓGICA PARA CICATRIZAÇÃO DE LESÕES DE PELE: RELATO DE CASOS

Autores

  • Karin Viegas UFCSPA
  • Eluiza Macedo ISCMPA
  • Gabriel De Vargas Boeno UFCSPA

Resumo

Introdução: Lesões de pele representam um grave problema de saúde pública, gerando impacto significativo nas instituições de saúde em relação a sobrecarga no trabalho e aumento de recursos humanos e materiais para estes serviços.(1) A prevalência destas feridas atinge principalmente indivíduos com idade superior a 65 anos, que vivenciam diversas transformações no tecido tegumentar (torna-se mais fino, frágil, com redução na produção de colágeno e da elasticidade da pele). Além disso, o manejo de lesões, quando não adequada, acaba por resultar em cronificação da ferida.(2) O plasma rico em plaquetas (PRP) é um produto sanguíneo autólogo, atóxico e não imunorreativo que é gerado a partir da centrifugação do sangue total, para produzir uma concentração de plaquetas acima dos níveis basais, e tem sido frequentemente utilizado em feridas agudas e crônica.(3) Portanto, o PRP torna-se uma alternativa viável de custo-benefício relevante.(3-5) Entretanto, no Brasil, a sua aplicação ainda é pouco realizada, e isto ocorre pelo fato de que a maioria dos serviços de saúde não dispõe de um protocolo de procedimento operacional padrão (POP) para o uso do PRP, evidenciando a necessidade da apropriação de conhecimento sobre a temática e de seu uso pelo profissional enfermeiro. Objetivo: Apresentar a utilização PRP como terapia para cicatrização de lesões como uma alternativa de curativo e com custo-efetividade, além de disseminar conteúdos acerca de uma nova tecnologia pouco utilizada nos serviços de saúde. Desenvolvimento: Trata-se de relato de casos de modo descritivo, que foram obtidos através de um mestrado profissional de enfermagem sobre a administração de PRP como terapia não farmacológica complementar para cicatrização de lesões, cujo resultados incluíram: desenvolvimento de um POP para aplicação do PRP e avaliação da efetividade do uso da terapia complementar não farmacológica na administração de PRP no processo de cicatrização. O estudo foi realizado em unidades de internação de um hospital de grande porte de Porto Alegre, Rio Grande de Sul. A pesquisa ocorreu de novembro a junho de 2023. Foram incluídos três casos, sendo dois com lesão por pressão (LPP) e um com úlcera venosa. Paciente feminina de 72 anos, com LPP em região sacral, apresentou cicatrização em 2 semanas (escala PUSH de 11 para 5); Paciente masculino de 73 anos, com LPP em região escapular cicatrizada em 7 dias, (escala PUSH de 4 para 0) ; Paciente masculino de 55 anos, com úlcera venosa em MIE, cicatrizada em 13 dias (escala PUSH de 7 para 0). Considerações Finais e Contribuições para a Estomaterapia: O uso de tecnologias alternativas representa um avanço para a gestão da qualidade no cuidado com feridas, na medida que a estomaterapia, como especialidade do enfermeiro, deve apropriar-se desse conhecimento e fazer uso desta terapia, tem por objetivo promover melhores condições e alternativas de tratamento, visto que, na pesquisa supracitada apresentamos resultados positivos em relação à eficácia na evolução da cicatrização, tempo de cicatrização e redução de risco de infecção para os pacientes portadores de feridas agudas e crônicas.

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Publicado

2024-07-06

Como Citar

Viegas, K., Macedo, E., & Boeno, G. D. V. (2024). TERAPIA COMPLEMENTAR NÃO FARMACOLÓGICA PARA CICATRIZAÇÃO DE LESÕES DE PELE: RELATO DE CASOS. Congresso Paulista De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/1069