DESAFIOS PARA A ASSISTÊNCIA A PESSOAS COM PÉ DIABÉTICO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: REVISÃO INTEGRATIVA
Palavras-chave:
Pé Diabético, Complicações da Diabetes mellitus, COVID-19, EstomaterapiaResumo
Introdução: O pé diabético é uma das graves complicações da Diabetes Mellitus (DM), ocasionada pela ausência de cuidados para o controle da doença1. Considera-se pé diabético a presença de infecção, ulceração ou destruição de tecidos profundos associado a neuropatia e/ou doença arterial periférica nos membros inferiores2. O cenário da pandemia do novo coronavírus trouxe mudanças e novos desafios para assistir paciente com pé diabético, em especial por esse ser um grupo de risco3. Objetivo: Verificar na literatura os desafios da assistência a pessoas com pé diabético durante a pandemia do COVID-19. Metodologia: Trata- se de um estudo de revisão integrativa, realizada mediante busca de artigos científicos nas bases de dados: PubMed, Web of Science e Scopus no dia oito de março de 2022. A estratégia de busca adotada utilizou os descritores DeCS/MeSH: Diabetic foot AND COVID-19. Foram adotados como critérios de inclusão: artigos científicos que abordassem os desafios da assistência de enfermagem às pessoas com pé diabético; disponíveis nos idiomas: português, inglês ou espanhol; publicados no período de 2019 a 2022. Como critérios de exclusão: estudos secundários e de opinião de especialistas. Resultados: Foram identificadas na literatura 221 referências, nas bases PubMed (n=85), Web of Science (n=33) e Scopus (n=103). Após triagem com adoção dos critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos15 artigos. Dentre os principais desafios encontrados na assistência durante o período da pandemia do COVID-19, tem-se: medo de exposição, restrição de acesso a unidade, dificuldade de acesso a consultas virtuais, dificuldades dos profissionais no controle de pessoas com doenças crônicas, e poucos especialistas disponíveis devido a realocação para unidades de tratamento da COVID-19. Tais desafios afetaram a saúde física e psicológica dos pacientes, modificaram a gestão da doença do pé diabético, promoveram uma nova forma de abordagem e contato com os pacientes com o auxílio da tecnologia. Conclusão: Apesar das dificuldades de alcançar toda a população diabética neste cenário pandêmico, o pé diabético não pode ser negligenciado, e o gerenciamento precisa ser realizado de forma organizada para que diminuam os agravos relacionados ao não acompanhamento. Diante disso, salienta- se que o mais importante é a gestão do pé diabético seja feita de forma rigorosa, e com o tratamento adequado mesmo diante desta perspectiva atual, seja através da telemedicina, consultas presenciais ou domiciliares.
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Referências
Fonseca KP, Rached CDA. Complicações do diabetes mellitus. JHMReview. 2019;5(1). 2. Netten JJ, Bus SA, Apelqvist J, Lipsky BA, Hinchliffe RJ, Game F, et al.
Definitions and criteria for diabetic foot disease. Diabetes/Metabolism Research and Reviews 2020;36(S1):e3268. 3. Cerqueira MMBDF, Merces MCD, Cerqueira JMDF, Silva DARD, Almeida ODS, Gomes AMT. Propostas de cuidados ao indivíduo com pé diabético em tempo de pandemia do COVID-19 no Brasil. Acta Paulista de Enfermagem 2020;33.