DESBRIDAMENTO DE FERIDAS E AS DECISÕES PARA A PRÁTICA CLÍNICA: REVISÃO INTEGRATIVA
Palavras-chave:
Estomaterapia, Desbridamento, Cicatrização de Feridas, Enfermagem, Enfermagem Baseada em EvidênciasResumo
Introdução: Um dos fatores que retardam o processo de cicatrização é a presença de tecido inviável no leito da ferida1,2. Assim torna-se imperativo no preparo do leito a realização do desbridamento tornando o ambiente favorável à regeneração celular3. Objetivo: Relatar as evidências científicas sobre o desbridamento de feridas, a fim de oferecer subsídios para decisões da prática clínica do enfermeiro. Método: Trata-se de uma revisão integrativa que buscou identificar estudos sobre o desbridamento de feridas no tocante aos tipos e a viabilidade para sua realização segura. As bases de dados foram acessadas de novembro a dezembro de 2021, utilizando a busca avançada, citadas conforme segue: PubMed/Medical, Embase, Cinahl, Cochrane Library, Scopus, Web of Scienc, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Banco de Dados em Enfermagem, Scielo. Os critérios de inclusão, foram, artigos originais e completos, online a partir do acesso via Comunidade Acadêmica Federada, no idioma português, inglês e espanhol, que tiveram como sujeitos do estudo adultos e/ou idosos. Os de exclusão, artigos publicados na área da pediatria e neonatologia, publicações duplicadas, cartas, editoriais, anais, estudos que incluíram animais como sujeitos, e artigos que não abordaram a temática. O recorte temporal foi de 2016 à 2021, apenas estudos atuais tendo em vista as inovações tecnológicas. Resultado: A busca resultou em 733 artigos encontrados incialmente. Após a leitura dos títulos e resumos, e baseada nos critérios de elegibilidade, foram excluídos 726 estudos, finalizando num total de sete artigos para leitura na íntegra que estavam em total consonância com o escopo desta pesquisa. Os sete estudos selecionados são na sua maioria internacionais. A prevalência do número de artigos ocorreu na Embase 57,17% (n=4). Os dados foram dispostos em um quadro, e para melhor análise e discussão, foi realizada a organização dos conteúdos do qual foram agrupados por afinidades que deram origem a duas categorias: 1) Inovações Tecnológicas no Desbridamento de Ferida: trouxe entre outros achados, o larval sendo pontuado nos estudos como um desbridante mais rápido e eficaz do tecido não viável, e o ultrassônico sem significância no resultado em comparação ao instrumental. 2) Recomendações para Desbridamento Seguro: pontua que a frequência do desbridamento é por indicação clínica, mas de modo geral citam que existe a necessidade de mais pesquisas para amparar a prática e relatórios adequados de eventos adversos. Ambas as categorias, pontuaram que os resultados das pesquisas foram limitados, com evidências de baixa qualidade, entre outras, devido amostra pequena, tempo curto do experimento, e alto risco de viés. Conclusão: Evidenciou que há consenso em reconhecer a importância do desbridamento na cicatrização de feridas, entretanto há escassez no que se refere a estudos que possam apoiar a prática clínica, identificando uma suposta lacuna no que se refere a estudos sobre os diversos tipos e técnicas de desbridamento. Acredita-se que os resultados desta pesquisa possam contribuir para fomentar discussões e reflexões acerca do tema, e inspire os enfermeiros e demais profissionais da saúde a propagar conhecimento, contribuindo assim nas transformações no cuidado a pessoa com ferida.
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Referências
WOUND Debridement Guide. South West Regional Wound Care Program Last Updated March 12, 2015. Disponível em www.swrwoundcareprogram.ca/Uploads (acesso em março de 2021). 2. STEVEN L, Percival SL, Finnegan S, Donelli G, Vuotto C, Rimmer S, Benjamin A. Lipsky BA. Antiseptics for treating infected wounds: Efficacy on biofilms and effect of pH. Critical Reviews in Microbiology · October 2014. www.researchgate.net/publication (acesso em março de 2021). 3. GUIDELINES FOR PRACTICE Effective debridement in a changing NHS: a UK consensus. London: Wounds UK, 2013. Available from: www.wounds-uk.com