EFEITO DO USO DE TECNOLOGIAS MÓVEIS PARA O TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES: REVISÃO SISTEMÁTICA.

Autores

  • DAYANA MAIA SABOIA
  • MARIA LAURA SILVA GOMES
  • RAVIDA DA ROCHA LIMA

Palavras-chave:

Incontinência Urinária, Mulheres, Aplicativos Móveis, Estomaterapia

Resumo

Introdução: A incontinência urinária é um importante problema de saúde no mundo e uma queixa frequente entre as mulheres, estando associada a fatores de risco como avanço da idade, menopausa, alterações pélvicas do período gravídico-puerperal, parto vaginal, obesidade e constipação1. Para o tratamento dessa condição de saúde, as sociedades internacionais recomendam o uso de terapias conservadoras como primeira linha de escolha2. Nos últimos anos, a necessidade de distanciamento social trouxe uma nova maneira de promover a saúde: a tecnologia móvel, que tem apresentado resultados satisfatórios em diferentes contextos de saúde3. Pensando nisso, questiona-se o efeito do uso de mobile health em mulheres com incontinência urinária. Objetivo: Avaliar o efeito da utilização de mobile health para melhora e cura da incontinência urinária em mulheres. Método: Revisão sistemática seguindo as recomendações do Instituto Joanna Briggs, com a seguinte pergunta norteadora estruturada a partir da estratégia PICO: “qual o efeito da utilização de mobile health para melhora e cura de incontinência urinária na população feminina?”. Buscou-se artigos originais sobre a utilização de tecnologias moveis para o tratamento de mulheres com incontinência urinária nas bases de dados PUBMED, Embase, CINAHL, Cochrane Library, SCOPUS e Web of Science. Foram excluídos artigos realizados com mulheres no ciclo gravídico-puerperal, mulheres com disfunções miccionais na infância, distúrbios neurológicos, intervenções cirúrgicas e com diagnóstico de doenças neurodegenerativas. Dois revisores independes realizaram a busca nas bases de dados, seleção dos artigos e extração dos dados. O instrumento de coleta de dados incluiu os seguintes itens: base de dados, título do artigo, ano de publicação, autores, local da pesquisa, tipo de estudo, objetivo, caracterização da amostra, tecnologia móvel utilizada, características da intervenção, modalidade do tratamento e principais resultados. Resultados: Foram identificados 243 artigos na busca, destes, seis foram incluídos nessa revisão. Cinco artigos estavam disponíveis no idioma inglês e um em espanhol. Três estudos foram desenvolvidos na Suécia, um na China, um na Espanha e um estudo nos EUA. A amostra variou de 10 a 126 mulheres, com idade de 18 a 78 anos e perda urinária de, no mínimo, uma vez por semana. Todas as intervenções foram realizadas exclusivamente via mobile health. O uso de aplicativos móveis foi descrito em dois estudos e o uso de websites em quatro. O treinamento da musculatura do assoalho pélvico foi utilizado em todas as tecnologias, estando combinado ou não a mudanças comportamentais, biofeedback e diário miccional. Observou-se efeito positivo na redução da perda urinária e da sua gravidade, melhora da força muscular do assoalho pélvico, melhora nos domínios da qualidade de vida, adesão e satisfação ao treinamento muscular. Conclusão: A utilização do mobile health para o tratamento da incontinencia urinária pode apresentar efeitos positivos sobre a perda de urina, forma muscular do assoalho pélvico e qualidade de vida ao melhorar a adesão e satisfação das mulheres com o treinamento muscular.

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Referências

VAUGHAN, Camille P.; MARKLAND, Alayne D. Urinary incontinence in women. Annals of internal medicine, v. 172, n. 3, p. ITC17-ITC32, 2020. 2. ABRAMS, P. et al. Incontinence (Ed. 6), ICUD, Vancouver, CA (2017). 3. MARCOLINO, Milena Soriano et al. The impact of mHealth interventions: systematic review of systematic reviews. JMIR mHealth and uHealth, v. 6, n. 1, p. e23, 2018.

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

SABOIA, D. M., GOMES, M. L. S., & LIMA, R. D. R. (2022). EFEITO DO USO DE TECNOLOGIAS MÓVEIS PARA O TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES: REVISÃO SISTEMÁTICA. Simpósio Brasileiro De Estomaterapia Norte-Nordeste. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/sben/article/view/442