APLICAÇÃO DE COBERTURA TRADICIONAL VERSUS COBERTURA EXPERIMENTAL EM FERIDA COM EXPOSIÇÃO ÓSSEA

Autores

  • LUCICLÁUDIA MENACHO DA SILVA UPE
  • LILÍADA GOMES DA SILVA UPE
  • DOMINIQUE CRISTINE BARBOSA AGRA UPE
  • URSULA CATARINA MONTEIRO CORREIA UPE
  • JABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHO UPE
  • ISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOS UPE
  • MARÍLIA PERRELLI VALENÇA UPE

Resumo

INTRODUÇÃO: Em lesões com exposição óssea, a proteção e viabilidade devem ser priorizadas, uma vez que pode deixar sequelas graves no paciente, a exemplo da osteomielite. A medida mais eficaz para solução do problema visa a rotação de um retalho. Contudo, quando este não é viável, deve-se ter à mão a cobertura para proteção adequada e rápida cicatrização. OBJETIVO: Comparar a aplicação de coberturas padronizadas em um hospital escola com a cobertura experimental do Biopolímero da Cana- de-Açúcar (BC), no manejo clínico de uma lesão com exposição óssea. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. Sendo descrita a evolução de uma lesão com exposição óssea em região frontotemporal esquerda comparando a aplicação de coberturas padronizadas, em um Hospital Escola em Recife-PE, com a cobertura experimental de BC. Após avaliação da Comissão de Pele, a paciente iniciou seu tratamento com coberturas disponíveis no serviço por 43 dias (20/10/2020 a 04/12/2020) e posteriormente a cobertura experimental do BC, associando sua apresentação em gel, na concentração de 0,8%, e a película micro perfurada por 47 dias (04/12/2020 a 20/01/20210), sendo realizados acompanhamentos e avaliações duas vezes por semana. RESULTADO: O tratamento inicial foi realizado com gel de PHMB associado a gaze de Rayon® com petrolato, com troca a cada 48h. Devido a grande quantidade de exsudato purulento, em 26/10/2020 foi utilizado a gaze antimicrobiana sobre a tela de Rayon®, com troca a cada 72h. Em 03/11/23, ocorreu redução do exsudato sendo aplicado hidrogel + Rayon® com petrolato. Com 72h, devido ao aumento do exsudato purulento, o Rayon foi substituído por uma matriz cicatrizante associada a prata. Em 23/11/2020, o exsudato purulento ainda se mantinha em moderada quantidade, sendo aplicado Alginato com prata sobre a cobertura de Rayon® com petrolato na parte óssea, com troca a cada 72h. Devido ao início de necrose óssea, em 26/11/2020 foi suspenso o alginato com prata, e reaplicada a matriz de cicatrização associada a prata com o hidrogel, trocando de 5 a 7 dias. Em 04/12/2020 foi iniciado a aplicação do BC na apresentação em gel associado à sua película micro perfurada, com troca duas vezes por semana. Nos primeiros 15 dias ocorreu melhor controle do exsudato e manutenção da integridade óssea e regressão da isquemia óssea. O número de trocas do curativo primário foi reduzido, sendo realizada uma vez por semana; minimizando o manuseio direto da lesão. Com 47dias de uso do BC, ocorreu granulação tecidual para total cobertura da estrutura óssea exposta. CONCLUSÃO: Neste cenário, a cobertura experimental do BC favoreceu o controle da umidade e da infecção, reduziu a necessidade de trocas da cobertura primária, o uso de cobertura secundária e a manipulação. Além de estimular a granulação tecidual, proteção e integridade da estrutura óssea exposta.

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Publicado

2024-01-02

Como Citar

MENACHO DA SILVA, L. ., GOMES DA SILVA, L. ., CRISTINE BARBOSA AGRA, D. ., CATARINA MONTEIRO CORREIA, U. ., CARNEIRO DA SILVA FILHO, J. ., CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOS, I. ., & PERRELLI VALENÇA, M. . (2024). APLICAÇÃO DE COBERTURA TRADICIONAL VERSUS COBERTURA EXPERIMENTAL EM FERIDA COM EXPOSIÇÃO ÓSSEA. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/595