FATORES DE RISCO PARA INCONTINÊNCIA URINÁRIA RELACIONADO A GESTAÇÃO E PÓS-PARTO

Autores

  • RIANNA VITÓRIA FERREIRA GONÇALVES FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
  • JOEL AZEVEDO DE MENEZES NETO UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
  • JABIAEL CARNEIRO DA SILVA FILHO UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
  • MARÍLIA PERRELLI VALENÇA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
  • ISABEL CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOS UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
  • SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
  • BETANIA DA MATA RIBEIRO GOMES UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
  • CAMILA NICEIA BRANCO VILA NOVA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE

Resumo

Introdução: Incontinência urinária (IU) é conceituada pela perda involuntária de urina, podendo ter múltiplos fatores associados como a idade, obesidade, esforço físico de alto impacto, multiparidade, período gestacional e pós-parto de algumas puérperas (1). Destacam-se em estudos que a ocorrência de incontinência urinária no pós parto são: IU de urgência, mista e esforço (2). As modificações anatômicas da musculatura do assoalho pélvico, e os órgãos envolvidos na parede abdominal e períneo durante o período gestacional são fatores predominantes no desenvolvimento de IU (3). Os sintomas IU podem ser temporários, acontecendo imediatamente após o período de expulsão. No entanto, destacam-se em estudos que cerca de 70% das mulheres que referiram IU após 3 meses de pós-parto, fugindo da normalidade aplicada ao quadro clínico supracitado (4). Dessa forma, percebe-se que o pós-parto pode estar diretamente relacionado aos casos de incontinência urinária em mulheres em idade fértil, afetando diretamente a qualidade de vida social e sexual das mesmas. Objetivo: Analisar na literatura científica os fatores relacionados em ocorrências de incontinência urinária em mulheres no período gestacional e pós- parto. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a busca foi realizada nas bases de dados: SciELO, LILACS e BVS, no período de junho e julho de 2023, onde utilizou-se os descritores (DEcS): incontinência urinária, gestação, período pós-parto, e entre eles foi utilizado o operador booleano AND. Os critérios de inclusão foram estudos completos com aderência ao tema e objetivo, nos idiomas português e inglês, dentro do corte temporal. Os estudos excluídos foram os incompletos, sem aderência ao estudo e provenientes de literatura cinzenta. Levantou-se (n=37) estudos, e após aplicação dos critérios de elegibilidade restaram 6 estudos que contemplaram a síntese final deste estudo. Resultados: Notou-se analiticamente através dos estudos selecionados que grande maioria de incidência de IU no pós-parto está relacionada a mudança anatômica da musculatura do assoalho pélvico com a condição referida pelas mulheres que estiveram envolvidas nos estudos. Todos abordam as mudanças fisiológicas do referido período como influência direta para o desenvolvimento da IU, assim como é mencionado que a prática de exercícios fisioterápicos podem ser de grande auxílio tanto na prevenção, quanto no tratamento. Além disso, a incontinência urinária associa-se também ao parto vaginal, devido ao maior esforço que é exercido, quando colocado em perspectiva juntamente aos partos realizados através de cesarianas. Conclusão: Diante dos resultados encontrados, sobressalta-se que a realização de exercícios de fortalecimento ao assoalho pélvico podem ser eficazes no tratamento da incontinência urinária no pós- parto, com efeitos positivos que levam a índices de melhora, proporcionando maior bem estar e qualidade de vida. Além disso, a consulta prévia para levantamento de fatores de riscos anteriores, e também os irritantes vesicais, fisiológicos e neuroginecourológicos, podem ter impacto significativo na ocorrência de IU. Logo, mesmo frente ao processo de tratamento de fortalecimento do assoalho pélvico, também é importante a realização do diário vesical e a verificação de irritantes vesicais, para ter conhecimento das condições no período pós-parto e para eficaz investigação e gerenciamento desta IU.

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Publicado

2023-10-21

Como Citar

VITÓRIA FERREIRA GONÇALVES, R. ., AZEVEDO DE MENEZES NETO, J. ., CARNEIRO DA SILVA FILHO, J. ., PERRELLI VALENÇA, M. ., CRISTINA RAMOS VIEIRA SANTOS, I. ., MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA, S. ., DA MATA RIBEIRO GOMES, B. ., & NICEIA BRANCO VILA NOVA, C. . (2023). FATORES DE RISCO PARA INCONTINÊNCIA URINÁRIA RELACIONADO A GESTAÇÃO E PÓS-PARTO. Congresso Brasileiro De Estomaterapia. Recuperado de https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/747